Seleção terminou atrás dos "hermanos" nas últimas duas edições do Mundial, mas deu o troco na Copa América este ano e ganhou confiança para retomar hegemonia após 12 anos
Seja no campo ou seja na quadra, quando a bola começa a rolar numa Copa do Mundo, a expectativa é sempre a mesma: o Brasil entra para brigar pelo título. Neste sábado, tem início a Copa do Mundo de futsal no Uzbequistão e a Seleção Brasileira estreia contra Cuba às 9h30 (horário de Brasília) - o sportv transmite ao vivo -, sob pressão de recuperar a hegemonia do esporte após dois ciclos sem a taça. E pior, com a Argentina terminando à frente.
esde que a Fifa passou a organizar o mundial, em 1989, o Brasil passou dois ciclos sem ganhar o título entre 1996 e 2008. Após o bicampeonato em 2008 e 2012, vieram mais duas Copas sem títulos, em 2016 e 2021 (adiada de 2020 por conta da pandemia). Em 2016, a Seleção foi eliminada ainda nas oitavas de final, única vez em nove edições do torneio em que não foi ao pódio, e viu a Argentina sair campeã. Em 2021, os dois arquirrivais sul-americanos se bateram nas semifinais e os argentinos levaram a melhor por 2 a 1, antes de perder a final para Portugal. Os brasileiros terminaram com a medalha de bronze.
Em fevereiro, o Brasil deu o troco com duas vitórias na Copa América: uma goleada por 4 a 1 na fase de grupos e a vitória por 2 a 0 na final. Resultados importantes para recuperar a confiança e dar um impulso para a disputa da Copa.
- Com eles (Argentina) eu perdi uma Copa América, perdi eliminatórias, caí na semifinal do mundial, então estava um pouco engasgado, e aí na Copa América deu pra tirar um pouco esse peso e estamos preparados, trabalhando todos os dias. Se enfrentar eles de novo, é dar o melhor e sair com a vitória - comentou o pivô Pito, eleito melhor jogador do mundo em 2023 e uma das referências da Seleção.
O treinador da equipe, Marquinhos Xavier, sabe que há uma grande pressão sobre o Brasil para não permitir que o jejum de títulos bata recorde este ano. Ele confia num ciclo em que perdeu apenas duas vezes em 36 jogos, mas ressalta que o cenário global do futsal não é mais o mesmo.
- O respeito aos adversários não é demagogia no esporte. O futebol, o futsal, os esportes de alta performance, de forma geral, estão muito igualados. Acho que o diferencial é como a gente trata o dia a dia de trabalho e como a gente se prepara para cada adversário de uma forma diferente. Não tem como ser igual com todos. Então, a gente está trabalhando não só o aspecto técnico, mas também isso na cabeça dos atletas, porque a gente tem um protagonismo mundial – isso é em função das cinco estrelas, não vamos conseguir fugir disso. Mas, ao mesmo tempo, a gente não pode levar isso para dentro da quadra e gerar ansiedade. A gente tem que jogar em cima do que a gente tem trabalhado. Eu acho que assim é um caminho que a gente vai ter mais segurança - afirma o técnico.
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